O Brasil é o país do WhatsApp. Quem disse isso foi Will Cathcart, diretor da Meta responsável pelo aplicativo.
O QUE HOUVE? Cathcart concedeu uma entrevista à Folha de S.Paulo nessa semana.
Como toda entrevista de executivos, ele se mostrou ensaboado para desviar das perguntas mais espinhosas, mas soltou alguns dados interessantes:
Esse último recurso, aliás, foi um pedido que Cathcart ouviu bastante em sua primeira semana à frente do WhatsApp, quando fez uma visita ao Brasil.
OUTROS NÚMEROS. Nos EUA, Mark Zuckerberg, CEO da Meta, concedeu uma entrevista ao New York Times em que afirmou que o WhatsApp é “o próximo capítulo” da empresa.
Números da Meta indicam que mais da metade dos norte-americanos com idades entre 18 e 35 anos e donos de celulares têm o WhatsApp instalado.
O número é significativo: apesar de ser a casa da Meta, o WhatsApp ainda não conseguiu desbancar o SMS (e o iMessage, da Apple) por lá.
Zuck falou bastante de negócios, e de como o WhatsApp tem um potencial inexplorado enorme.
A reportagem citou como exemplo a subsidiária brasileira da Nissan. Segundo Mauricio Greco, diretor de marketing da Nissan do Brasil, entre 30% e 40% de novos leads de vendas no país chegam via WhatsApp.
Outro dado que chama a atenção é a redução no tempo de atendimento: de uma média de 30 minutos para alguns segundos.
E AGORA? Apesar dos olhinhos do Zuck estarem brilhando para fazer mais dinheiro com o WhatsApp, Cathcart garantiu que anúncios nas conversas estão fora de cogitação:
A matéria [do Financial Times] alegava que íamos colocar anúncios na caixa de entrada. Não estamos fazendo isso, nem discutindo isso. Não achamos que esse seja o modelo certo. As pessoas, quando abrem sua caixa de entrada, não querem ver propaganda.
Em outros locais, como status (stories) e canais, os anúncios não estão descartados.
Via Folha de S.Paulo, New York Times (em inglês).