01/12/2023 às 19h07min - Atualizada em 01/12/2023 às 19h07min

Compulsão alimentar e seus labirintos

Compreendendo e desarmando gatilhos

Mariane Antunes dos Santos

Mariane Antunes dos Santos

Mariane Antunes dos Santos, 28 anos, Nutricionista. Fundadora da CLEN em Goiânia/GO.

Google imagens

A compulsão alimentar é um transtorno caracterizado pelo consumo excessivo e descontrolado de alimentos, sendo uma realidade que afeta muitas pessoas na sociedade contemporânea. Esse comportamento vai além da simples satisfação da fome, envolvendo aspectos emocionais e psicológicos complexos. 

Estudos recentes apontam fatores genéticos e ambientais que desempenham papéis interligados no desenvolvimento da compulsão alimentar, tornando essencial uma abordagem holística para compreender e tratar essa condição.

No âmbito psicológico, a compulsão alimentar muitas vezes está associada a questões emocionais, como estresse, ansiedade e depressão. Neste contexto, a comida pode ser utilizada como uma forma de autocompaixão ou até mesmo como uma maneira de lidar com traumas passados. Entender esses aspectos emocionais é crucial para traçar estratégias eficazes de intervenção, incluindo terapias cognitivo-comportamentais e abordagens mindfulness.

A relação entre a compulsão alimentar e a regulação hormonal também é objeto de estudo constante. Estudos apontam para a alteração de hormônios relacionados à saciedade, o que pode contribuir para a persistência desse comportamento alimentar desordenado. 

Essa perspectiva fisiológica destaca a importância de uma avaliação completa do paciente, integrando aspectos psicológicos e biológicos no tratamento.

Em síntese, compreender a compulsão alimentar demanda uma abordagem multidisciplinar, envolvendo profissionais da nutrição, psicologia e endocrinologia. 

Como Nutricionista, oriento meus pacientes a se prevenirem destes episódios com atitudes básicas, como: evitar dietas restritivas, evitar a privação de sono, desenvolver o hábito da atenção plena ao se alimentar, hidratar-se de maneira adequada, não ficar longos períodos sem se alimentar e fracionar melhor suas refeições ao longo do dia. A inclusão de alimentos fonte de fibras e proteínas, também é de suma importância, pois assim conseguimos regular a carga glicêmica das refeições, reduzindo picos de glicemia e promovendo maior saciedade e saciação. 

Ao enfrentar esse desafio complexo, abrimos caminho para uma abordagem mais completa e eficaz na promoção da saúde mental e física.

 

 

 

 

 

Leia Também »
Comentários »
Comentar

*Ao utilizar o sistema de comentários você está de acordo com a POLÍTICA DE PRIVACIDADE do site https://zerohoranoticias.com.br/.
Fale pelo Whatsapp
Atendimento
Precisa de ajuda? fale conosco pelo Whatsapp