A compulsão alimentar é um transtorno caracterizado pelo consumo excessivo e descontrolado de alimentos, sendo uma realidade que afeta muitas pessoas na sociedade contemporânea. Esse comportamento vai além da simples satisfação da fome, envolvendo aspectos emocionais e psicológicos complexos.
Estudos recentes apontam fatores genéticos e ambientais que desempenham papéis interligados no desenvolvimento da compulsão alimentar, tornando essencial uma abordagem holística para compreender e tratar essa condição.
No âmbito psicológico, a compulsão alimentar muitas vezes está associada a questões emocionais, como estresse, ansiedade e depressão. Neste contexto, a comida pode ser utilizada como uma forma de autocompaixão ou até mesmo como uma maneira de lidar com traumas passados. Entender esses aspectos emocionais é crucial para traçar estratégias eficazes de intervenção, incluindo terapias cognitivo-comportamentais e abordagens mindfulness.
A relação entre a compulsão alimentar e a regulação hormonal também é objeto de estudo constante. Estudos apontam para a alteração de hormônios relacionados à saciedade, o que pode contribuir para a persistência desse comportamento alimentar desordenado.
Essa perspectiva fisiológica destaca a importância de uma avaliação completa do paciente, integrando aspectos psicológicos e biológicos no tratamento.
Em síntese, compreender a compulsão alimentar demanda uma abordagem multidisciplinar, envolvendo profissionais da nutrição, psicologia e endocrinologia.
Como Nutricionista, oriento meus pacientes a se prevenirem destes episódios com atitudes básicas, como: evitar dietas restritivas, evitar a privação de sono, desenvolver o hábito da atenção plena ao se alimentar, hidratar-se de maneira adequada, não ficar longos períodos sem se alimentar e fracionar melhor suas refeições ao longo do dia. A inclusão de alimentos fonte de fibras e proteínas, também é de suma importância, pois assim conseguimos regular a carga glicêmica das refeições, reduzindo picos de glicemia e promovendo maior saciedade e saciação.
Ao enfrentar esse desafio complexo, abrimos caminho para uma abordagem mais completa e eficaz na promoção da saúde mental e física.